segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poesias Cariocas: Bestas

Bestas
p/ Luka SaintClair     
Destruir o berço, a mata, a essência,
Que acalenta, com sons , cores e frutos
O futuro que é da vida, não nos pertence.

Matar a mãe, cuspir no prato que alimenta,
Suicidar-se, matar o mundo que é do filho,
Da beleza, do sonho, da esperança.

A ganância, grande herança do nada,
Nos torna cegos, sem ver a luz da beleza
E rezamos, pagãos hipócritas,
Carrascos do ventre que nos gerou.
     
E perdidos os homens, tão sem caminho,
  seguem bestas, matando tudo, seu próprio ninho.
Natureza que cria, que cura, que chora,
                                               Pelo filho que lhe devora as próprias entranhas.

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