Depois da noite, amanheceu na gente,
Nossos corpos se reconheceram quentes,
Revelando os mundos que nem a gente entende.
E foi crescendo tanto, de novo e tão de repente,
Que derrubou o muro, que havia dentro da gente.
E se fez, de novo, um mundo todo à parte,
Construído pela arte, que nosso amor sabe fazer
Onde a alegria manda, onde o desejo ganha,
Onde o tocar das bocas é a fala mais urgente,
É nosso mundo, além do mundo.
Somos nós, muito além da gente.
Somos nós, muito além da gente.
Explodindo em gozo, só alma, sem mente,
Não somos nada, não somos nem a gente,
Somos a felicidade que nem o sonho sonha,
Porque ao sonho falta a tua carne,
faltam as tuas unhas, faltam os teus dentes.
faltam as tuas unhas, faltam os teus dentes.
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