Nesse clássico da Ficção Científica, o célebre escritor Isaac Asimov, na voz do personagem Henri Seldon (um brilhante matemático) concebe uma neociência denominada “psicohistória”.
É através das previsões dessa nova ciência que a humanidade torna-se capaz de evitar um desastroso colapso social, antecipando-se – com uma margem de alguns milhares de anos – na elaboração de um fantástico plano de contingências.
Ficção científica à parte, o FuturICT, de acordo com seus idealizadores, atuaria com base em simulações sociais computadorizadas, alimentadas por dados colhidos, em tempo real, oriundos das mais diversas atividades humanas.
Por meio de tratamentos estatísticos esperam poder traçar as principais tendências para a construção do futuro da humanidade, simulando os cenários prováveis do ponto de vista social, científico-tecnológico, econômico, político e ambiental e com isso antecipar as devidas respostas à eventuais crises e a consequente eleição de seus respectivos planos de contingências.
— Não estamos fabricando uma bola de cristal — garantiu Dirk Helbing, físico e matemático do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Zurique e um dos líderes do FuturICT, numa entrevista para o Globo na semana passada.
— O que pretendemos é elencar o ferramental necessário na elucidação das relações causais, e descobrir por que alguns sistemas são estáveis e outros não.
De acordo com o portal desse projeto, seu objetivo final é compreender e gerenciar os sistemas complexos globais, socialmente interativos, tendo como principais focos a sustentabilidade e a resiliência.
Para tal, pretendem conjugar esforços de instituições acadêmicas, centros de pesquisa e outras organizações científicas, centros de supercomputação, empresas e parceiros industriais, indivíduos notáveis, centros de artes, agências governamentais e outras organizações políticas.
Os idealizadores do projeto acreditam que a integração das ciências da cognição, das tecnologias de informação e comunicação (TIC), da ciência da complexidade e das Ciências Sociais criará uma mudança de paradigma, facilitando uma coevolução simbiótica das TIC e da sociedade como um todo.
É esperar pra ver.
[Imagem: Portal Futur ICT]
[Fontes: O Globo e www.futurict.eu]
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