“...O Bem Amado diz a Bem Amada: ‘Vá! Vá para você mesma!’
Amar alguém não é somente lhe dizer: ’Venha, torne-se como eu, seja como eu sou’,
pois isto é a redução do outro ao seu igual.
pois isto é a redução do outro ao seu igual.
Mas o amor diz: ‘Vá, torne-se um outro, seja o que você é;
e quando você se tornar o que é poderemos, em verdade, nos encontrar.”
e quando você se tornar o que é poderemos, em verdade, nos encontrar.”
Tirei esse trecho do livro de Jean-Yves Leloup, Uma Arte de Amar para os Nossos Tempos, para fazermos uma reflexão sobre o que é o amor.
Mês dos namorados, das festas juninas, do calor das fogueiras, dos abraços e dos beijos. Jean-Yves fala que beijar alguém é estar à escuta do sopro que lhe é comum sem perder minha identidade. E isso, é muito diferente de sermos a metade que faltava no outro. Não somos parte para precisarmos de uma metade. Somos inteiros. Se no relacionamento deixo de ser eu mesmo para estar com o outro, esqueço quem eu sou.
Percebo que muitas pessoas quando se relacionam deixam de lado o que gostam, abrem mão dos desejos e dos sonhos mais caros. Abrem mão de tantas coisas que acabam se perdendo no caminho. Perder nossos desejos é como abrir mão da nossa alma. No início pode até parecer que é isso que o outro quer, mas com o tempo o relacionamento perde o encanto. Relacionamento é uma dança de dois. Se um deixa de existir acaba a relação.
Amar é querer a liberdade do outro. A relação de um amor verdadeiro é o encontro de duas liberdades. Eu amo e sou amado se posso estar ao lado do outro sendo quem eu sou. Simplesmente porque essa é a única possibilidade: Ser quem eu sou. Jean-Yves coloca que: “Amar alguém é corá-lo, é conduzi-lo à sua completude, pois só entre dois seres completos e inteiros pode existir uma verdadeira aliança.”
Colocar uma aliança na mão do outro com o nosso nome não quer dizer que o outro, a partir daquele momento, se torna nosso, nossa propriedade. Muito pelo contrário, simboliza que essas duas vidas estão caminhando juntas com o compromisso de um ajudar ao outro a se desenvolver. Nós só crescemos e evoluímos no encontro. Certamente, isso não é uma tarefa fácil. É um aprendizado a ser conquistado a cada momento durante toda vida.
Leloup comenta que demoramos um minuto para coroar alguém, mas toda uma vida para permitir-lhe florescer. Acho preciosa essa analogia. E assim, podermos juntos contemplar o florescimento do outro. Então quando oferecer flores à pessoa amada ofereça também florescimento, liberdade.
Acredito que estamos nessa vida para nos encontrar. E nesse mês dos namorados desejo à você, antes de tudo, um encontro com você mesmo. E certamente isso possibilitará um lindo encontro verdadeiro com o outro.
P/ Lydia Joffily - Psicóloga
P/ Lydia Joffily - Psicóloga
pode ser pretensão mas vai o link para um continho que escrevi...
ResponderExcluirhttp://rogbessa.blogspot.com/2011/04/bia-e-mascarenhas-eram-nove-horas-e-o.html#links