terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O DESAFIO DE CONVIVER COM AS DIFERENÇAS - Solange Bittencourt Quintanilha

Em primeiro lugar, é preciso identificar que diferenças são essas.  
As mais significativas estão na forma de pensar, sentir e agir.

Já paramos para pensar em como é a forma que nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor?  O que esperamos delas?  O que elas esperam de nós? O que esperamos de nós mesmos com relação a elas?

Gostaríamos de ser únicos e originais, ou que os outros pensassem e sentissem como nós. Consideramos importante a nossa escala de valores  e não ficamos dispostos a olhar e entender os critérios do outro. Porém, cada pessoa  tem o seu jeito de ser e uma história de vida própria somente por ela experimentada. Talvez  seja difícil tolerarmos as diferenças porque assim nos sentiríamos muito solitários e desamparados.

Uma das maiores dificuldades de convivência entre as pessoas se baseia no fato do ser humano se apresentar um ser social por natureza e, simultaneamente, um ser egocêntrico. Por sermos sociais, somos incapazes de viver sozinhos no mundo e, por sermos egocêntricos, somos incapazes de conceder aos nossos semelhantes as mesmas regalias que nos concedemos.

Muitas vezes esperamos tanto dos outros, que frequentemente nos sentimos frustrados ou ficamos na expectativa que o outro aja de acordo como nós agimos. Precisamos nos conscientizar  de que  todas as pessoas são diferentes de nós, que elas têm o direito de ver a vida e enxergar situações de uma maneira diferente da nossa.

É certo que o desafio de conviver com as diferenças é uma tarefa árdua, mas precisa ser encarado como uma necessidade humana, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaços para que as nossas diferenças também sejam respeitadas.
Quando tentamos nos colocar no lugar do outro, buscando entender e compreender o outro abrimos uma porta para que a outra pessoa também tente nos entender e compreender. Somente assim poderemos realmente construir bons relacionamentos, em todos os âmbitos: amizade, profissional, familiar e amoroso.

Se tivermos essa consciência e nos colocarmos com uma real disposição para ver e respeitar todas essas diferenças, vamos parar de agir como se o outro fosse nossa extensão ou como se fosse nós mesmos.
Sempre que se fala na importância do diálogo, é comum as pessoas pensarem logo num relacionamento amoroso, mas na realidade a boa comunicação tem que existir em todos os nossos relacionamentos.

Para evitar  incompreensões,  mágoas,  decepções,  brigas..., precisamos refletir, ouvir, conversar, avaliar o que pensam todos aqueles que são importantes para nós. A única maneira de tornar sólida qualquer relação, é com sinceridade, generosidade, respeito, afeto... , e com um desejo real de conhecer o outro e suas necessidades.

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Um comentário:

  1. NEM SEMPRE,ALIÁS É O CORRIQUEIRO,O QUE SABEMOS,FALAMOS,ESCREVEMOS,É O QUE FAZEMOS.TEMOS UM DISCURSO,AMOROSO,COMPLACENTE,TOLERANTE,E UMA PRATICA,EGOISTA,ARROGANTE,VAIDOSA.SOMOS EM TESE,DEMOCRÁTICOS..MAS NA PRÁTICA DÉSPOTAS,DITADORES.VIVEMOS O OLHO POR OLHO,DENTE POR DENTE.E COMO GANDHI DIZIA:"UMA SOCIEDADE QUE TÊM ESSA PRATICA COMO COSTUME,É UMA SOCIEDADE DE CEGOS E DESDENTADOS".EM SÍNTESE,NADA SE TRANSFORMA SE NÃO,ANTES, NOS TRANSFORMARMOS.

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