Que 2014 seja realmente 2014. Um ano que ainda não existiu e que começará a ser construído a partir do primeiro segundo desse marco absolutamente ilusório e humano.
Já pensou como seria bom, de um segundo para o outro, poder desfazer para sempre todos os mal entendidos que nos fizeram perder a convivência das pessoas que amávamos? Como seria bom pedir e receber desculpas por injustiças que sofremos e cometemos? Enfim, como seria bom poder reparar nossos erros e seguir como se eles nunca tivessem acontecido.
Mas, ao mesmo tempo, o que seria de nós sem nossos erros. Foi com eles que aprendemos a grande maioria das coisas mais importantes da vida. São eles que nos motivam a melhorar como seres humanos.
Restrospectiva é coisa de televisão. Ser humano, sente, lembra. Sente as perdas que teve. Sente a falta dos que se foram. Sente a falta dos que perdemos porque a vida afastou nossos caminhos ou porque não fomos suficientemente sensíveis para perceber como aquela pessoa era importante, tão importante que sua falta, até hoje, dói. Ser humano sente. Sente alguma coisa diferente nesse dia. Alguma coisa indo embora, sente o desconhecido se aproximando.
Os rituais e festas de passagem de ciclos ou estações são das mais antigas crenças humanas: a de oferecer grandes festas para receber o poderoso, o desconhecido e imprevisível deus que está chegando.
Durante seu reinado alguns sobreviverão, outros não. Alguns serão felizes, outros arruinados.
Por isso, grandes festas são preparadas. Fogos, músicas, bebidas, danças e uma infinidade de rituais para receber o novo, o poderoso desconhecido. Muita festa para que essa divindidade não tenha dúvida de que está sendo recebida com todas as honras de quem tem o poder de trazer felicidades, sofrimentos, vida e morte.
Mas, ele não tem esses e nenhum outro poder. É como Papai Noel, só que cheio de presentes feitos de hojes. Ano Novo não existe. Quem existe, somos nós. Quem trará ou não trará o que pretendemos, somos nós. E só quem pode nos fazer novos e melhores somos nós.
Por isso, se é pra brincar, vamos levar a sério a brincadeira e nos darmos novas chances. Em tudo. Mesmo que tenhamos que tirar a ferros os espinhos que deixamos ferir nossa alma. Temos a obrigação de tentar ser feliz.
Que 2014 seja um ano cheio de boas surpresas para todos. Que traga, para cada um, sonhos e realizações. E, que nos permita trazer conosco toda a bagagem acumulada em todos os anos que já se passaram e transformá-la em sabedoria para mudar a nós mesmos, transformando cada um em ponto de partida para construção de um ano e de um mundo melhores. Como dizia Gandhi.
Que todos nós sejamos pessoas melhores em 2014 do que fomos em 2013. Por melhor que cada um tenha sido.
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