Debatam o quanto quiserem, mas a ciência já tem sua resposta: as mulheres são melhores chefes. Essa é a conclusão de um novo levantamento, que constatou que as mulheres conduzem cargos de gestão de uma forma mais democrática, permitindo que os funcionários participem na tomada de decisões e estabeleçam canais de comunicação interpessoais.
“Em linha com as diferenças de gênero conhecidas na liderança individual, descobrimos que nos locais de trabalho com mais gestores mulheres, mais feedback individualizado é realizado”, disse o autor do estudo, Eduardo Melero, professor da Universidade Carlos III de Madrid.
A pesquisa foi baseada em dados da Pesquisa de Ambientes e Relações de Trabalho, um levantamento dos locais de trabalho do Reino Unido. Melero analisou os dados com foco no número de mulheres em cargos gerenciais em empresas e as táticas de liderança empregadas por essas empresas.
A pesquisa também traz evidência, embora mais fraca, de que nesses ambientes de trabalho as decisões são tomadas de forma mais democrática e mais canais interpessoais de comunicação são estabelecidos.
Esses canais interpessoais de comunicação facilitam a comunicação mais estreita entre os administradores e empregados em empresas com mulheres em cargos gerenciais.
Isso tem um duplo benefício para essas organizações. Primeiro, as empresas são capazes de tomar decisões mais bem informadas, já que as opiniões dos empregados serão utilizadas no processo de tomada de decisão. Além disso, os funcionários também terão a sensação de contribuir e ter suas opiniões ouvidas no trabalho.
“As gerentes parecem estar mais inclinadas a usar esses tipos de práticas, individualmente, bem como promovê-las entre o resto da equipe”, disse Melero. “E como tal, uma equipe de gestão com mais mulheres poderia ser mais eficaz (mantendo todos os outros fatores constantes) na implementação dessas práticas”.
[LiveScience]
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