"Nossa senhora
Na beira do rio
Lavando os paninhos
Do bento filhinho...
São João estendia,
São José enxugava
e a criança chorava
do frio que fazia
Dorme criança
dorme meu amor
que a faca que corta
dá talho sem do”
(de uma cantiga de ninar)
Tudo tão vago...Sei que havia um rio...
Um choro aflito...Alguém cantou, no entanto...
E ao monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu...
O menino dormira...Mas o canto
Natural como as águas prosseguiu...
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto...
E era a voz que eu ouvi em pequenino...
E era Maria junto à correnteza,
Lavando as roupas de Jesus Menino...
Eras tu...que ao me ver neste abandono
Daí do céu cantavas com certeza
Para embalar inda uma vez meu sono!...
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