Por muito tempo, acreditou-se que os folículos capilares (que produzem o cabelo e pelos) não podiam ser reconstituídos. Para a alegria dos carecas, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA) estão tentando demonstrar o contrário.
Um novo estudo mostra que a proteína FGF9 – encontrada na pele humana em pequena quantidade – pode ajudar a formar e regenerar folículos do cabelo durante o processo de cicatrização de feridas. Isso significa que essa proteína pode ser a solução mágica contra a calvície.
A proteína, que é fator de crescimento capilar, foi exposta a ratos. O resultado foi o aumento de cerca de três vezes no número de novos folículos capilares produzidos nos roedores. A quantidade de proteína aplicada aos animais foi proporcional à quantidade de novos pelos produzidos.
Os pesquisadores acreditam que, no futuro, poderá ser possível utilizar a FGF9 para fins terapêuticos, para pacientes com doenças no couro cabeludo.
Funcionamento da proteína
A proteína FGF9 é segregada a partir de células T gd, um raro subconjunto de células T, que são envolvidas com a imunidade do organismo. Uma vez liberada, a proteína serve como catalizador da proteína da pele WNT, e contribui com a geração de novos folículos capilares.
Quando uma pessoa fere a pele, o crescimento do folículo é bloqueado e se inicia o processo de cicatrização. No caso dos ratos, o folículo se regenera enquanto a cicatrização ocorre. O motivo da diferença é que seres humanos têm baixos níveis de células T gd na pele em comparação com ratos. Isso pode explicar porque a pele dos seres humanos se cicatriza, mas não regenera os folículos pilosos.
Pesquisadores acreditam que tratamentos que compensem a falta da proteína FGF9 em carecas, calvos ou pessoas com problemas de pele podem ser eficazes para o nascimento de novos fios de cabelo. Stephanie D’Ornelas - [Nature/Penn Medicine]
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