quarta-feira, 31 de julho de 2013
ZÉLIA GATTAI - Vinícius de Moraes
Vinicius de Moraes
Graças a uma das visitas de Vinicius à nossa casa, salvou-se a série de canções para crianças, de sua autoria:
À beira da piscina, o inseparável copo de uísque ao lado, violão em punho, Vinicius cantava.
Faço um parênteses para me desculpar. Na afobação de querer contar logo a história que me veio à memória — como já devem ter percebido, não tenho anotações, tiro tudo da cachola à medida que as lembranças chegam — esqueci-me de pedir licença para, ainda uma vez, avançar no tempo. Peço agora, pois devo explicar como foi que as músicas infantis de Vinicius de Moraes se salvaram. Avanço tanto, tanto, que falo até de meus netos, os três que existiam na época: Mariana, Bruno e Maria João.
Nessa ocasião, o amor de Vinicius, sua mulher, era uma baiana, Gessy Gesse, a quem devemos a vinda do poeta à Bahia, onde até uma casa ele construiu, disposto a ancorar entre o mar e os coqueiros de Itapuã.
Estávamos à beira da piscina e Vinicius cantava — como foi dito — quando chegaram meus três netos.
Eu agora vou cantar umas musiquinhas para vocês, disse Vinicius às crianças, e começou: Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... Espera aí, interrompi, vou buscar um gravador. Assim dizendo saí ligeiro. Voltei em seguida, gravadorzinho ligado e ele recomeçou: Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá... Cantou todas as canções, intercalando entre elas uma chama, da: Esta é para Marianinha!... Esta é para Bruninho!... Esta é para Maria João!... Encantadas, as crianças ouviam as músicas pela primeira vez, pois elas ainda não haviam sido gravadas naquela ocasião. Ao saber que não restara nenhuma gravação delas após a morte de Vinicius, entreguei meu cassete à Gilda Queiroz Matoso, última e amada companheira do poeta até seus derradeiros momentos. Gravação precária, porém a única que restou e é a que se ouve até hoje.
Vinicius tornou-se íntimo de Calasans Neto e Auta Rosa, adorava o casal, alugou casa em Itapuã antes de construir a própria, queria ficar perto deles.
A rua da Amoreira, onde moravam — e moram até hoje — Calasans e Auta Rosa, era um horror: lama, buraqueira e, como se isso não bastasse, havia esgoto a céu aberto.
Freqüentador assíduo da casa, inconformado com a situação dessa rua, Vinicius não teve dúvida, redigiu uma petição em versos ao prefeito de Salvador. No poema, verdadeiro primor, pedia-lhe atenção e carinho para a rua.
Combinou com Jorge, que conseguiu a publicação do poema-petição na primeira página do jornal A Tarde.
Petição ao Prefeito
Prefeito Clériston Andrade
A quem ainda não conheço:
Quero tomar a liberdade
Que eu nem sequer sei se mereço
De vir pedir,lhe, em causa justa
Um obséquio que, sem favor
Muito honraria (e pouco custa!)
Ao Prefeito de Salvador.
Existe ali no Principado
Livre e Autônomo de Itapuã
Uma ruazinha que, sem embargo
Pertence à sua jurisdição
Uma rua não sem poesia
E cujo título é dar teto
A uma das glórias da Bahia:
O gravador Calasans Neto.
Dizer do estado dessa ruela
(Da Amoreira) eu não arrisco
Porque sem esgotos, correm nela
Rios de ... — Valha-me o asterisco!
E isso é uma pena, Senhor Prefeito
Pois Calasans e sua gravura
Têm cada dia mais procura
De fato como de direito:
O que constrange os visitantes
Com boa margem de estrangeiros
A, entre gravuras fascinantes
Ver quadros nada lisonjeiros.
Calce essa rua, Senhor Alcaide
E eu lhe garanto que algum dia
Pro domo sua, esta Cidade
O há de lembrar com mais valia.
Na expectativa de que acorde
Um novo "Cumpra, se" , sem mais
Aqui se assina, muito ex-corde
O seu, Vinicius de Moraes.
Tiro e queda, a resposta do prefeito foi imediata, em pouco tempo a rua de Auta e Calá foi consertada e asfaltada e, diga-se de passagem, ela foi, por algum tempo, a única rua asfaltada das imediações.
Naqueles tempos, a decantada beleza de Itapuã se resumia no mar, nas praias, nos coqueirais e nas canções de Dorival Caymmi.
Para festejar o acontecimento, Jenner Augusto e Luísa ofereceram um almoço ao qual Vinicius compareceu vestido de gari da limpeza pública, levando para Calá e Auta a petição, enquadrada.
Zélia Gattai
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PROFETA GENTILEZA: QUEM FOI E O QUE FEZ.
PROFETA GENTILEZA: "O sorriso certo e a palavra gentil, derrubam muros com um poder às vezes muito superior ao da agressividade"
---
José Datrino, mais conhecido como profeta Gentileza, (Cafelândia, São Paulo, 11 de abril de 1917 — Mirandópolis, São Paulo, 28 de maio de 1996) tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto no Rio de Janeiro, cidade pela qual perambulava diária e incansavelmente, com uma túnica branca e longa barba.
Nasceu em Cafelândia, São Paulo, teve uma infância de muito trabalho, na qual lidava com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades.
O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia "amansador dos homens burros da cidade que não tinham esclarecimento".
Desde sua infância José Datrino era possuidor de um
comportamento atípico. Por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofresse de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros.
SURGE O PROFETA GENTILEZA
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano" e considerado uma das maiores fatalidades em todo o mundo circense. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou seu caminhão e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "Profeta Gentileza".
Após deixar o local, o profeta Gentileza começou a sua jornada como andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do viaduto do caju, que vai do cemitério do caju até a rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.
Em 28 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de Mirandópolis. Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta cinza. A eliminação das inscrições foi criticada e posteriormente com ajuda da prefeitura da cidade do rio de janeiro, foi organizado o projeto rio com gentileza, com o objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.
No final do ano 2000 foi publicado pela EdUFF (Editora da Universidade Federal Fluminense) o livro Brasil: Tempo de Gentileza, de autoria do professor Leonardo Guelman. A obra introduz o leitor no "universo" do profeta Gentileza através de sua trajetória, da estilização de seus objetos, de sua caligrafia singular e de todos os 56 painéis criados por ele, além de trazer fatos relacionados ao projeto Rio com Gentileza e descrever as etapas do processo de restauração dos escritos. O livro é ricamente ilustrado com inúmeras fotografias, principalmente do profeta e de seus penduricalhos e painéis. Além de fotos do próprio profeta Gentileza trabalhando junto a algumas pilastras, existem imagens dos escritos antes, durante e após o processo de restauração.
No ano de 2000, na cidade de Mirandópolis (SP), onde o profeta está enterrado, foi criada a primeira ONG da cidade: Gentileza Gera Gentileza, fundada por amigos que admiravam a filosofia de vida do Profeta. A ONG, além de lembrar a pessoa de José Datrino (Profeta Gentileza), em sua criação, tinha a missão de difundir cultura em toda a região. Um evento anual foi organizado denominado "Gentileza Gera Gentileza", com música, teatro, poesia e dança, entre outros.
Gentileza denunciava o mundo, regido "pelo capeta capital que vende tudo e destrói tudo". Via no circo destruído uma metáfora do circomundo que também será destruído. Mas anunciava a "gentileza que é o remédio para todos os males". Deus é "gentileza porque é beleza, perfeição, bondade, riqueza, a natureza, nosso pai criador". Um refrão sempre voltava especialmente nas 56 pilastras com inscrições na entrada da rodoviária Novo Rio no caju: "gentileza gera gentileza". Convidava a todos a serem gentis e agradecidos.
Profeta Gentileza (1917-1996). Por mais de 20 anos circulou pelo Rio com sua bata branca cheia de apliques e com seu estandarte, pregava nas praças e nas barcas entre Rio e Niterói anunciando sem cansar: "Gentileza gera Gentileza".
Escreveu seus pensamentos em 56 pilastras do viaduto do Caju, na entrada da cidade.
Era um andarilho que podia ser visto em qualquer bairro da cidade, das praias à mais distante periferia.
Testemunho pessoal:
Durante muitos anos ele foi chamado simplesmente de "Gentileza" . O "título" "Profeta" veio muitos anos depois, pouco antes de sua morte. Tive a oportunidade de encontrá-lo nas ruas por várias vezes, durante vários anos.
Aliás, é muito comum na história da humanidade, simples mortais, como eu, não entenderem gênios que em sua época eram considerados loucos.
Em algumas das vezes, eu tentava entender o que ele falava, mas nunca consegui ver muito sentido.
Uma característica, no entanto, chamava a atenção; a gentileza e doçura com a qual respondia quando se dirigiam a ele. O que era raro. Ele sempre respondia a mesma frase:
- Gentileza gera gentileza.
E prosseguia sua caminhada.
Ele foi um ser humano totalmente do bem, diferente, único e pouco compreendido, que o tempo transformou no mítico Profeta Gentileza.
E nada é mais sábio, verdadeiro e profundo do que a frase que cunhou:
---
José Datrino, mais conhecido como profeta Gentileza, (Cafelândia, São Paulo, 11 de abril de 1917 — Mirandópolis, São Paulo, 28 de maio de 1996) tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto no Rio de Janeiro, cidade pela qual perambulava diária e incansavelmente, com uma túnica branca e longa barba.
Nasceu em Cafelândia, São Paulo, teve uma infância de muito trabalho, na qual lidava com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades.
O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia "amansador dos homens burros da cidade que não tinham esclarecimento".
Desde sua infância José Datrino era possuidor de um
comportamento atípico. Por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofresse de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros.
SURGE O PROFETA GENTILEZA
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano" e considerado uma das maiores fatalidades em todo o mundo circense. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou seu caminhão e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "Profeta Gentileza".
Após deixar o local, o profeta Gentileza começou a sua jornada como andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do viaduto do caju, que vai do cemitério do caju até a rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.
Em 28 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de Mirandópolis. Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta cinza. A eliminação das inscrições foi criticada e posteriormente com ajuda da prefeitura da cidade do rio de janeiro, foi organizado o projeto rio com gentileza, com o objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.
No final do ano 2000 foi publicado pela EdUFF (Editora da Universidade Federal Fluminense) o livro Brasil: Tempo de Gentileza, de autoria do professor Leonardo Guelman. A obra introduz o leitor no "universo" do profeta Gentileza através de sua trajetória, da estilização de seus objetos, de sua caligrafia singular e de todos os 56 painéis criados por ele, além de trazer fatos relacionados ao projeto Rio com Gentileza e descrever as etapas do processo de restauração dos escritos. O livro é ricamente ilustrado com inúmeras fotografias, principalmente do profeta e de seus penduricalhos e painéis. Além de fotos do próprio profeta Gentileza trabalhando junto a algumas pilastras, existem imagens dos escritos antes, durante e após o processo de restauração.
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ROBERTO D'ÁVILA Entrevista VIVIANE MOSÉ
O Conexão Roberto D'Avila entrevista a filósofa, poeta e psicanalista Viviane Mosé.
Entre os temas estão a crise de valores e a importância da educação.
Não poderia faltar, contudo, uma abordagem sobre o filósofo e pensador
Friedrich Nietzsche, tema de sua tese de doutorado.
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CULT TOUR - PASSEIO DE BARQUINHO NUM CANAL EM AMSTERDAM
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CLARICE LISPECTOR - Alma Luz
ALMA LUZ
Minha alma tem O peso da luz
Tem o peso Da música
Tem o peso da Palavra nunca dita
Tem o peso de Uma lembrança
Tem o peso de Uma saudade
Tem o peso de Um olhar.
Pesa como Pesa uma Ausência
E a lágrima Que não se chorou
Tem o imaterial Peso de uma Solidão no meio de outras.
(Clarice Lispector)
Especialmente para a Cult Leitora Thaís Delgado
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AFINAL, QUANTA ÁGUA DEVEMOS BEBER POR DIA?
Quantidade adequada traz benefícios aos rins,
pele, intestinoe até ao sistema respiratório.
Mas excesso de líquido no organismo
pode sobrecarregar alguns órgãos.
Ela sozinha, claro, não faz milagres. Mas é incontestável o benefício que a hidratação adequada traz ao bom funcionamento do organismo. Beber água evita problemas nos rins, ressecamento da pele, regula o intestino, elimina as toxinas e ajuda a prevenir problemas respiratórios. Embora os benefícios sejam indiscutíveis, há quem defenda que beber água demais também pode trazer implicações para a saúde.
De acordo com o nefrologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Rogério Andrade Mulinari, é difícil dizer a quantidade certa que uma pessoa deveria ingerir de água por dia. “É preciso lembrar que ingerimos água não apenas pura, mas na alimentação. Em sopas, leite, frutas e legumes. Algumas frutas têm 80% e até 90% de água, até mesmo as carnes têm 60% de água”, observa. Além do que vem na alimentação, o corpo produz ainda um litro de água por dia a partir de processos metabólicos. Juntando tudo que é absorvido e metabolizado, cerca de dois litros de urina são eliminados diariamente. Outro litro é perdido em decorrência de processos orgânicos, como respirar, transpirar e evacuar. “Se precisasse tirar uma média, daria para dizer que de dois a quatro copos de líquidos diariamente já seriam suficientes para manter esse equilíbrio”, afirma.
Na pele
Embora durante o inverno seja natural que as pessoas sintam menos sede, isso não significa que a necessidade de hidratação seja menor. Em épocas mais frias, são mais comuns problemas de pele, como alergias e dermatites. “O tempo seco, o frio e banhos com água muito quente acabam ressecando a pele. Transpiramos menos e por isso a pele fica mais seca”, explica a dermatologista Fabiane Brenner. Segundo ela, além de tomar água, reduzir o tempo no banho, não deixar a água tão quente, usar menos sabonete e passar hidrantes são medidas que ajudam a evitar o ressecamento.
Além de hidratar a pele, o consumo de água auxilia no bom funcionamento do intestino, evita o surgimento de cálculos renais e diminui as chances de infecções respiratórias. “Com o frio e o tempo seco, as mucosas ficam desidratadas, ressecadas, há menos produção de muco e por isso maior risco de irritação e infecções das vias respiratórias. A água ajuda a hidratar as mucosas e formar uma barreira de proteção”, esclarece o pneumologista do Hospital Vita Batel, Ricardo Alves.
Se por um lado existem todos esses argumentos a favor das companheiras garrafinhas, há estudos que contestam o consumo excessivo de água. Uma pesquisa do Centro Superior de Investigações Científicas da Espanha e do Instituto de Medicina dos Estados Unidos sugere que uma mulher adulta deveria ingerir 2,7 litros de água, enquanto que um homem deveria consumir, 3,7 litros, já incluindo todas as fontes de água. Segundo a pesquisa, pessoas de baixo peso teriam risco de “intoxicar-se” por água, se exagerassem no consumo.
A redução a níveis extremos de alguns minerais, como o sódio, provocaria tremores, confusão e perda de memória. O excesso de líquido no organismo seria capaz ainda de sobrecarregar os rins e coração. “O coração funciona como uma bomba hidráulica. Quem sofre de insuficiência cardíaca tem menos força nesse bombeamento, nesses casos, se tiver excesso de líquido no organismo o coração fica ainda mais sobrecarregado”, explica o cardiologista do Hospital do Coração, Mário Cérci. No entanto, ele esclarece que essas situações são restritas a casos de pacientes com insuficiência renal ou cardíaca. “A população em geral não deve ter problemas pelo consumo de água”, afirma.
Água com sabor
Para quem não gosta de beber pura, e abusa das águas com sabor ou gaseificadas, a nutricionista Marilize Tamanini faz um alerta. “Águas com sabor podem ser uma boa para variar, mas também não devem ser um hábito, já que são produtos adoçados e não substituem a água pura. Águas gaseificadas não são tão ruins quanto os refrigerantes, mas não devem ser consumidas em excesso”. Segundo ela, sucos naturais e chás sem cafeína são a melhor opção. “Se optar por um suco, que seja natural. Sucos artificiais têm conservantes e açúcar, e trazem mais prejuízos que benefícios”, alerta.
Garrafinhas
Para que as garrafinhas de água não passem de aliadas para inimigas da saúde, é preciso ter alguns cuidados com a higiene. De acordo com o biomédico Roberto Figueiredo, o Dr. Bactéria do quadro “Tá Limpo”, do Fantástico, é importante lavar a garrafinha todos os dias com água e sabão e trocar a água com freqüência. “Se você comprar uma garrafinha dessas que os atletas usam, é preciso lavá-la antes de usar. Ponha em uma solução de um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária e deixe mergulhada por dez minutos. Isso vai eliminar as bactérias”, explica. Segundo o biomédico, embora a água não seja um ambiente muito atrativo para as bactérias, uma vez que não há muito alimento para elas, o contato com a boca pode ocasionar a proliferação de microorganismos. “Por isso se deve lavar o bocal, trocar a água com freqüência e não compartilhar a garrafinha com ninguém”, aconselha.
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Cássia Eller
É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o "A" de que cor?
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou
E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar onde eu não vou
O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso desse amor
Corre a lua, porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por essa noite
Porque está amanhecendo?
Peço o contrário, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for
Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente, dura o futuro amor
Eu sou a chuva prá você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou
O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor
O que você está dizendo?
Um relicário imenso desse amor
O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Porque que está fazendo assim?
Está fazendo assim!
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