sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ROER AS UNHAS: INTERPRETAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS

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Roer as unhas é um hábito que tem início na infância 
e que prevalece até à idade adulta preocupando muitos pais.
Mas quais as consequências? Qual o significado?

Roer as unhas ou também conhecido ao nível técnico como onicofagia é o hábito de morder e ou roer as unhas das mãos e/ou dos pés. Este hábito muitas vezes associado a momentos de ansiedade, stress, fome ou tédio. Também associado a desordens mentais e/ou emocionais, porém menos frequente.

Este hábito é adquirido por volta dos quatro anos. Devido a não ter consequências diretas e visíveis muitas vezes é negligenciado pelos educadores, prevalecendo até à idade adulta. Porém podem existir algumas consequências indiretas desse roer de unhas:

Sangramento – O sangramento é um dos meios mais eficientes de transmissão e contaminação de doenças.

Inflamações – Roer as unhas pode levar a inflamações de alguma gravidade nos dedos e unhas, expandindo a sua prejudicialidade.

Micoses– Roer as unha, deixa os tecidos expostos a fungos, cujo tratamento consequente será demorado e complexo.

Maior propensão à propagação e contaminação de doenças – Os dedos e as unhas, possuem imensas bactérias e até vírus. Leva-los à boca é provocar uma potencial doença.

Maior propensão de intoxicação – Quando mexemos em substâncias tóxicas, se vamos roer as unhas de seguida (o que acontece com frequência) podemo-nos intoxicar, provocando graves danos para o organismo.

Defeitos estéticos – Aparentemente o menos importante, contudo pode ter efeitos a um nível social e até profissional. Consoante com o que estiver associado ao “roer as unhas”.

Roer as unhas é um comportamento, que muitas vezes o individuo não tem qualquer consciência. Isto é, é um comportamento tão repetido, que chega a ser automático e o indivíduo não se dá conta, ou dá-se conta quando já tem os dedos na boca.

Como pode ser interpretado o roer das unhas:

Ansiedade – Roer as unhas pode ser, simplesmente, reflexo de ansiedade. Porém esta pode ter origem em inúmeros motivos, como: insegurança, mentira, medo, stress, etc. Nesta perspetiva o individuo roí as unhas essencialmente em momentos ou períodos de elevada ansiedade.

Agressividade reprimida – Roer as unhas pode ser interpretado como a inibição da agressividade, principalmente quando se convive com pessoas muito autoritárias e não se pode expressar adequadamente a agressividade. Aqui agressividade não é agressão, mas sim posicionar-se com coragem e assertividade, sem medo, dizendo o que pensa e clarificando a sua perspetiva, sem ceder à pressão e às intimidações.

Comportamento Obsessivo-Compulsivo – Nesta perspectiva, roer as unhas faz parte de um ritual, de forma a baixar a sua ansiedade geral. Não tão reativo e extrínseco como na primeira interpretação, mas interno e intrínseco. Neste caso pode nem existir contato com acontecimentos que provocam ansiedade.

Automutilação – Numa interpretação extrema, a pessoa ao roer as unhas está literalmente a comer-se a si própria. Nesta extrema perspectiva, roer as unhas pode significar automutilação ou mesmo desrespeito com um dos progenitores, visto que ao comer-se a si própria parece por em causa a sua própria existência (Linguagem do Corpo de Cristina Cairo).
por: Jorge Elói

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