quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

AMAR, A GRANDE VOCAÇÃO HUMANA - Edmir Silveira

Uma das vocações humanas, que a evolução da espécie vem acentuando, parece se relacionar com as emoções e sentimentos que a vida e o mundo provocam, e não só sobreviver e se defender dos predadores e das condições climáticas, como já o foi no passado.

Os sentimentos diversos que somos capazes de sentir e de desenvolver é o que nos proporciona o combustível que a razão precisa para se interessar por algo e, consequentemente, estudá-la, e assim evoluir.

Até agora, e isso pode mudar a qualquer momento, parece que somos a espécie onde a sofisticação do sentir determinou os rumos de sua história, sua evolução e a qualidade de vida do indivíduo.

Freud enunciou e parece bem lógico que, mesmo o mais frio dos indivíduos, tem como objetivo maior amar e ser amado, desde que não seja portador de nenhum distúrbio psíquico.

O amor é o extinto mais bonito e, ao mesmo tempo, a maior loucura humana.

É dele que nasce toda a magia dessa grande aventura chamada vida.

Sentimentos de todas as cores, sem raça, de todos os credos, sem razão. Que desafia qualquer lógica, qualquer fórmula, qualquer coisa.

Existem infinitas nuances do amor, mas todas são amor. Várias formas para o mesmo conteúdo: querer profundamente o bem do outro e agir para isso.

Temos os amores que formam a nossa base, o amor da família. Temos o amor que nos faz maiores e mais fortes, que são os amigos. E temos o amor que nos faz transcender e até gerar outra vida.

O amor da pessoa amada é mágico. Transforma, transtorna, transborda. Transcende.

Olhares, cheiros, cabelos, rostos, corpos; meu, seu, nossos. Qual é o meu ou o seu? O que te dei ou o que você me entregou?

Louco, ridículo, alucinado. Louco, acredita em tudo. Louco, não acredita em nada. Ridículo, capaz das mais lindas atitudes. Alucinado, capaz do mais doce gesto.

Magicamente forte, capaz de brotar do nada, surpreendente, capaz de renascer das cinzas. Gozo da vida. A mais consciente das loucuras, a loucura dos mais conscientes.

O que nos faz acordar todas as manhãs é a possibilidade da continuação do amor antigo, da confirmação do amor presente ou do nascer de um novo amor.
Porque a maior vocação humana é amar. Amar a tudo, porque amar é tudo.

Ilógico, como tem que ser. Improvável, necessário, confuso, muito confuso, profundo, gostoso. Humano.

E a vida segue. Buscando, tentando, querendo, desejando, amando, encontrando, perdendo e de novo buscando, tentando, encontrando, querendo…

E, dentro desse aparente caos, o planeta humano vai se desenvolvendo. 

As várias culturas, mesmo as mais diferentes entre si, possuem algo em comum: o amor que torna um indivíduo especial para outro. 
Seja o amor por um filho, um amigo, ou seja por uma pessoa estranha por quem outra se apaixona do nada. 

E, por esse sentimento, se muda o curso da história. Às vezes só a do indivíduo, outras vezes, muda o rumo da história do mundo e da evolução humana.

Ser humano significa fazer parte de uma espécie que só se realiza quando ama. 
 

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